Quando me olho
24-09-2021
Quando me olho
assim ao olhar-me
Vejo o que em mim É
Sou de Tudo
o que a Natureza
é feita
Na magia do lugar
que me acolhe
sem me julgar
ou culpar
sem me engrandecer
ou diminuir
sem a mim se apegar
sem dor quando eu partir
Olho
as pedras
as árvores
a vegetação
todos os seres
não visíveis
para quem olha
sem
querer ver
Sinto
a paz
a harmonia
o silêncio
onde tudo flui
sem raiva
sem ódio
sem inveja
sem provas
ou competições
Sem preocupações
ao sol nascente
e com a mesma tranquilidade
quando a noite cai
Que linda sinfonia
de encanto e energia
A água acolhe o meu Ser
Tudo à volta me recebe
sem perguntar quem sou
Sinto me tão Eu aqui
nesta simplicidade
nesta grandiosidade
Na humildade
de ser
por entre
árvores
pedras
vales e montanhas
o rio de vida
que em mim corre
funde-se com o rio
da mãe Terra
numa unicidade
de plenitude
Quando me olho
assim ao olhar-me
vejo o Universo
espelhando-me
quem Sou
Devolve-me com
clareza
o Todo que Somos
Melodias da Minha Essência p. 225